Ponta do Mel é
um vilarejo e uma praia localizado no município
brasileiro de Areia Branca no estado do Rio Grande do
Norte. É o único lugar do sertão em que este encontra-se com
o mar.
O jornal Folha de S.
Paulo definiu o lugar como um "vilarejo perdido no tempo, rodeado por
falésias coloridas, dunas claras e rosadas, voltadas para o mar potiguar.
Sem falar na sua gente simpática e receptiva, cheia de histórias para
contar".[
ORIGEM
DO POVOADO
Na localidade em que se
encontra a Ponta Geográfica, chamada de Ponta do Mel, antes do século XVIII,
era povoada por índios que vieram da região do Ceará.
No século XIX surgiram os
caboclos vindos da mesma região.
No final do século XIX surgiram
os primeiros moradores sedentários, a família do Major Antônio Capielo Maresto,
tendo como esposa Dona Marica e o filho primogênito, o Major Amaro; este recebeu
a patente do pai.
A família do Major era
proprietária de fazendas e sítios que se estendia da Ponta do ao Freire. Seus
trabalhadores eram livres mas não recebiam salários e sim uma parte da
produção. Além destes havia certo número de semiescravos.
O Major morava em um casarão de
taipa e telha com muitos alpendres, localizado no povoado de Ponta do Mel.
Praticavam a agricultura e a
pecuária. Principais produtos agrícolas: milho, feijão, arroz, cana-de-açúcar,
melancia, melão e mandioca. Criava-se gado bovino, caprino, ovinos e criação de
aves.
ORIGEM
DO NOME
O nome de Ponta do Mel foi dado
pelo bandeirante José Ferreira Dias que tinha a missão de reconhecer o litoral
brasileiro e identificar localidades desconhecidas e dar uma nomenclatura.
A existência de grande número
de abelhas Jandaíra e de Mosquitos (tipo de abelha), desde a planície costeira
até o matagal que se estendia por todo o tabuleiro, e o formato geográfico de
uma ponta, deu origem ao nome de Ponta do Mel.
PRINCIPAIS
FAMÍLIAS
Após a fixação da família do
Major Antônio, vieram para Ponta do Mel outras famílias que se destacaram. São
elas, as de:
Maximiniano Dias de Matos
(família Matos) – Portugueses
Família dos Felisberto. Vieram
do Norte do Ceará.
Família dos Pedro dos Santos
vieram de Natal.
Estas famílias eram simples e
viviam da pesca e da prestação de serviços nas terras do Major Amaro.
FESTAS
POPULARES:
A população era em sua maioria
ou totalmente católica e festejavam as comemorações destinadas aos santos e as
festas religiosas.
Dançava-se Coco de Roda, o Boi
dos Reis, o carnaval; nesta festa usava-se máscara de papangu e a bicharada.
Comemorava-se ainda o São João,
Semana Santa, Natal e a Festa de São Sebastião, o padroeiro.
Os principais instrumentos
musicais era a reboca, a viola e a sanfona.
O
PADROEIRO SÃO SEBASTIÃO:
Os moradores, especialmente os
pescadores encontravam imagens de santos na beira do mar, santos de metais,
cerâmicas e de madeira.
A primeira imagem de São
Sebastião foi encontrada na praia, distante do mar. Elevaram uma pequena capela
no lugar, porém com o tempo o mar derrubou e o santo ficou sem capela.
Salientava-se que Ponta do Mel foi destruída pelo mar, que aproximou da encosta
do tabuleiro.
A reconstrução do povoado se
deu na encosta do tabuleiro, com ela foi elevado à segunda capela. A construção
desta pequena igreja foi de autoria de Tristão, filho de Joca de Melo (da
cidade de Assú – RN). Este fez uma promessa para curar de uma grave doença com
São Sebastião e assim construiria uma igreja no povoado. Atendido ao pedido,
ele cumpriu com a promessa.
A capela foi reformada na
década de 80 pelo Padre Salesiano José Venturelli.
A festa de São Sebastião, 20 de
janeiro, é comemorada por todos os moradores e por visitantes de diversas
regiões.
DADOS
IMPORTANTES
Primeiro faroleiro: Manoel
Filgueira de Santana – Morador do povoado, escolhido pela Marinha para a
função, por ser o único portador de carteira marítima.
Construção do Farol – 30 de
abril de 1889.
Primeira parteira: Luiza Lunas
(moradora do lugar).
1915 – Vinda da família dos
Severino Marcelo do sertão para o lugar, em consequência da grande seca.
Vegetação da serra: tabuleiro,
imburana, jurema preta, catanduba, catingueira, mameleiro, outras matas da
caatinga.
As jangadas eram construídas
com madeira que vinham em embarcações do sul do país. Os vendedores eram os
balseiros, eles construíam os barcos.
O
FAROL
Foi inaugurado em 30 de abril
1889, tendo sido chefe da construção o Senhor Capitão Tenente Frederico K. da
Costa Rubem.
Sua construção é de ferro, com
14 metros de altura, altitude de foco de 106 metros; pintado de preto e branco.
Em 1953 foram construídas
quatro casas no local atual, pelo construtor Sr. Bernardo Justino.
Em 12 de dezembro de 1986 este
farol foi eletrificado pela equipe do Centro de Sinalização Náutica e reparos
pelo Almirante Moraes Rêgo (RJ). A corrente elétrica é comercial (COSERN).
O seu sistema de emergência é o
gás butano.
Guarnição atual do farol:
Primeiro Sargento (Faroleiro)
Otoniel Ferreira da Silva.
Segundo Sargento (Telegrafista)
Ailton Ferro da Silva.
FONTE - WIKIPÉDIA
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